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As áreas naturais marinhas apresentam grande importância quando falamos sobre recursos naturais, beleza cênica e funções ecológicas fundamentais. Conservar e promover o uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentávelé a frase tema do 14º objetivo dentre os 17 objetivos do desenvolvimento sustentável, que junto aos demais somam para um plano de ação global para mudar o mundo até 2030. 

O plano de ação tem como nome “Agenda 2030”, atingindo um total de 169 metas. Estes circulam entre as mais diferentes áreas do conhecimento científico, mas todos apresentam um estado de alarme no mundo hoje e integram equilibradamente o tripé da sustentabilidade: o meio ambiente, a economia e meio social. 

A ONU deliberou os objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS) a fim de serem cumpridos até 2030. Países que apresentam culturas, histórias, políticas e realidades diferentes acataram esse plano, pois são metas universais que cabem tanto aos países desenvolvidos, aos em desenvolvimento, como aos subdesenvolvidos. Juntos, eles lutam pelo futuro próspero e saudável da população global. E a questão da vida da água não podia estar de fora. 

Prevenir e reduzir a poluição marinha é um dos pontos mais importantes a serem tratados nesse plano. O lixo e a poluição são, juntos, problemas críticos que ameaçam diversas espécies e a qualidade do oceano. Existem outras metas dentro desse Objetivo que se casam, como a gestão sustentável, prevenção de impactos e conservação de zonas marinhas e costeiras. 

Em contexto mundial, segundo a Convenção sobre Diversidade Biológica (1992), até 2020, pelo menos 17% de áreas terrestres e 10% das áreas costeiras e marinhas deveriam estar sob algum tipo de proteção, porém essa porcentagem atinge respectivamente 3.8%, e apenas 1.9% de proteção estrita nos dias de hoje. O congresso Mundial de Parques (2014) diz que deve haver um por pelo menos 30% de cada habitat marinho em efetiva proteção, a fim de obter um oceano totalmente produtivo e livre do extrativismo. Com áreas protegidas, atividades impactantes ficam restringidas, assim como muitos estilos de pesca. Os objetivos de uma unidade de conservação abrangem: manutenção da diversidade biológica, proteção a espécies ameaçadas, promoção do desenvolvimento sustentável, recuperação de ecossistemas, proteção dos recursos naturais. Todos eles, com uma importância exclusiva para a qualidade do ambiente marinho. 

A pesca e aspectos associados também são questões levantadas neste plano da ONU. Acabar com a sobrepesca e práticas destrutíveis; efetivar a coleta regular do pescado; implementar planos de gestão para restaurar populações de peixe, são algumas listadas. 

A nível mundial, a sobrepesca é uma das maiores ameaças à saúde dos mares e dos seus habitantes, e também afeta a muitas pessoas, sobretudo nos países em desenvolvimento, pois estas nações são responsáveis por mais de 50% das exportações. A retirada de toneladas de peixes do mar é mais rápida do que o reabastecimento natural, o que ocasionou mais de 60% do estoque marítimo pescado. Pescar mais que o necessário e pescar o que não tem valor comercial é um desafio a ser quebrado nos dias de hoje.

As técnicas de pesca hoje, muitas vezes trazem mais prejuízos do que benefícios ao meio ambiente. Técnicas rudimentares, como a pesca de arrasto, trazem para cada quilograma do camarão pescado, outros 10 quilogramas de fauna acompanhante, ou seja, aquela sem valor comercial para o pescador. É por esse motivo, que esses métodos devem estar sob monitoramento, fiscalização, e gestão adequada, bem como uma coleta regular. 

Todas as metas dentro desse objetivo buscam o equilíbrio e o desenvolvimento sustentável no mundo, apreciando cada particularidade dos mais diversos países e mares. Juntos, o mundo pode trazer de volta, a qualidade e saúde do oceano. 

 

            

 

 

 

 

 

 

 

Referências Bibliográficas 

  1. Objetivo 14 – Agenda 2030. Acessado em 11/12. Disponível em: http://www.agenda2030.com.br/ods/14/
  2. (ONU), Organização das Nações Unidas. O futuro que queremos: DECLARAÇÃO FINAL DA CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (RIO + 20). Conferência Das Nações Unidas Sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio + 20), n. Siape 1156856, p. 1–55, 2012.